Com tanto céu pra voar e você
me apresenta a gaiola;
Tantos livros pra ler e você
me tira a visão.
Ouvindo o Melodia, eu
entristeço e te chamo:
“Pérola Negra, te amo... te
amo.”
As notícias dão conta que tudo
é belo,
Mas você se revolta e diz que
é o fim.
Poderia então construir meu
castelo?
Ou será que sou eu que te deixo
assim?
Passas então a respirar o meu
ar;
Pega, machuca, arranha meu Ser.
Se tudo é tão bom da janela
pra fora,
Abre as amarras e torna a
correr.
As notícias dão conta que tudo
é belo,
Mas você insiste e só fala de
chão.
Anda a meu lado num vil
paralelo,
Ajoelha e recolhe a minha oração.
As sábias palavras do mestre
da luz,
Reclama a vida que um dia foi
minha.
Se é pra viver os sonhos de
outrora,
Melhor que na causa, se perca
a razão.
Mauro
P. Savaro