31 dezembro, 2018

A corrida Maluca - HQ

Sinopse
Em um mundo pós-apocalíptico, à beira do colapso, um grupo de corredores foi selecionado por uma voz misteriosa conhecida apenas como Locutora.
Os carros deles agora possuem armamento embutido e inteligência artificial avançada, e os pilotos receberam apenas uma instrução: começou a corrida e o vencedor ganhará acesso a Utopia, uma terra mágica onde o mundo ainda prospera. Aos perdedores, restará apenas a morte.

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Positivo/Negativo
Logo no início do texto de contracapa desta edição há a frase: “O que aconteceria se misturássemos o clássico Corrida Maluca com uma pitada de Mad Max para criar algo completamente novo?”. Esta é a premissa desta HQ.
A ideia é curiosa e consegue chamar a atenção, mas o que se vê não é nem Mad Max, e muito menos Corrida Maluca.
Esta aventura faz parte da linha de adaptações Hanna-Barbera/DC Comics, na qual se viu obras como Scooby – ApocalipseFuture Quest e Os Flintstones. Em todas elas, há um ar de renovação e nostalgia, e histórias com altos e baixos, mas na versão de Pontac são bem mais baixos do que altos.
Qualquer leitor que busque esta edição terá o processo de identificar os personagens que estão em sua memória e entender suas novas versões. E aí se encontra o primeiro problema dessa corrida apocalíptica: os personagens têm apenas resquícios da versão original, seja em visual, seja em personalidade. Tirando os nomes, poucoi restou.
E o que dizer sobre agora os carros falarem e terem personalidade? Este artifício é colocado na trama, mas não auxilia em nada; é só algo inusitado.
Como na animação, há muitos personagens, um desafio para o desenvolvimento deles. O roteirista utiliza flashbacks para construir a história de cada um, mas quase sempre isso é feito de forma rasa e confusa, chegando a atrapalhar a trama principal.
O enredo traz basicamente corridas em que algum problema ocorreu em seu percurso. No entanto, com o passar das edições isso se torna cansativo e repetitivo. Existe ainda a tentativa pífia de criar relações entre os personagens, como Dick Vigarista e Penélope Charmosa.
A arte de Leonardo Manco é competente, há somente alguns pequenos deslizes em grandes cenários. O maior incômodo está nas mudanças de layout das páginas feitas para aumentar a ação da cena, mas que acabam criando algo desconexo e confuso. A colorização de Mariana Sanzone é o que mais chama a atencão na obra, com tons mais escuros e muita sombras e alternando bem as diferenças entre personagens e o cenário.
Corrida Maluca é uma ideia boa que gerou uma HQ fraca, cuja maior maluquice foi ter sido lançada

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